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terça-feira, 5 de novembro de 2013

Sobre o atendimento às pessoas com deficiência


A Secretaria de Defesa Social (SDS), por meio do Núcleo de Prevenção à violência (NUPREV), organizou uma palestra para os profissionais que compõem todos os órgãos operativos da secretaria com o tema do correto atendimento às pessoas com deficiência.

A palestra aconteceu na última quinta-feira, 31 de outubro de 2013, no auditório da SDS e contou com vários palestrantes, a exemplo do Sr. Paulo Fernando, pessoa com deficiência visual, Presidente da Associação Pernambucana de Cegos, que falou sobre as dificuldades que enfrenta nas ruas com a Polícia Militar e com demais transeuntes; contou com a explanação de Waldemar e Raimundo, policial militar e policial civil, respectivamente, que passaram a ser cadeirantes após sofrerem acidentes ocorridos em ato de serviço, acidentes estes que nenhum de nós está isento.


Ouvimos ainda a palestra da papiloscopista Laudicéia, policial civil que abordou o tema da identificação papiloscópica e como isso pode ser realizado em pessoas que tem os membros superiores amputados; e vimos a palestra, que foi traduzida por uma intérprete, do Sr. Geovanne Salles, pessoa com deficiência auditiva, mais conhecido como surdo, integrante do Tampopo, programa internacional que visa informar os surdos a cerda da prevenção da AIDS e demais doenças sexualmente transmissíveis, que também falou sobre as dificuldades que o surdo enfrenta nas ruas, nos ônibus e em diversas situações com a Polícia Militar, Civil e com os Bombeiros.


Resumidamente:

O termo correto para tratar as pessoas com deficiência é este "PESSOAS COM DEFICIÊNCIA", afinal, a deficiência é algo que não se pode deixar de lado por um instante e depois portá-la novamente. Muito menos as pessoas com deficiência são inválidas, sendo incongruente chamá-las de deficientes. Não é porque a pessoa tem uma deficiência que ela não serve para nada. Muito pelo contrário, conhecemos inúmeras pessoas com deficiência que realizam trabalhos importantíssimos para si mesmos e para a comunidade em geral.

Quando encontrar um cego na rua, não vá logo pegando nele e conduzindo ele para um local qualquer. Não é porque o cego está parado na rua que ele está precisando de ajuda. Portanto, primeiro o cumprimente e PERGUNTE SE ELE ESTÁ PRECISANDO DE AJUDA. Se ele utilizar uma bengala, nunca segure nesse instrumento. Para a ajuda na condução da pessoa com deficiência visual, o policial ou transeunte deve oferecer o ombro para que o cego se apoie e siga com ele. No caso da pessoa que ajuda ser muito alta, o cego poderá segurar no seu braço.



Quanto à mobilidade, é necessário se conscientizar para não estacionar carros e viaturas nas calçadas, pois isso impede a passagem das pessoas, dificultando ainda mais a vida dos cegos e das pessoas com deficiência motora, principalmente as que utilizam cadeiras de rodas.
PM de São Paulo estaciona em vaga especial
É necessário se conscientizar também quanto ao estacionamento em vagas destinadas especificamente para pessoas com deficiência. Tem uma infinidade de pessoas sem deficiência que estacionam seus veículos nas vagas destinadas às pessoas com deficiência, uma verdadeira falta de respeito e de educação. Pense nisso! Aquela vaga pode estar disponível, mas quem tem o direito de ocupá-la é uma pessoa com deficiência e não qualquer pessoa.

Tratemos com respeito e camaradagem todos aqueles policiais que foram acometidos de acidentes que os deixaram "dependentes" de cadeira de rodas. Vamos primar pela acessibilidade nos quartéis, nas delegacias e demais órgãos que lidam com a segurança pública, garantindo a plena mobilidade das pessoas com deficiência que procuram ajuda nesses setores, assim como, respeitar as vagas destinadas a elas nos estacionamentos desses departamentos.

O Governador do Estado de Pernambuco, Eduardo Campos, neste ano de 2013, sancionou um projeto de lei que torna facultativa a ida para a reforma (aposentadoria compulsória) de profissionais que adquiriram algum tipo de deficiência. Portanto, precisamos nos acostumar em conviver com essas pessoas no nosso ambiente de trabalho que também será um ambiente deles.

Quanto às pessoas com deficiência auditiva, é importante compreendermos que em diversas situações em que eles não acatam as nossas ordens, não se trata de desrespeito ou desobediência, o fato é que ELES NÃO ESCUTAM NOSSAS ORDENS, nem agem como os ouvintes diante de situações de perigo. Se ninguém explicar a eles o que está acontecendo, eles vão ficar "voando" mesmo.
É importante que não tratemos os surdos com ignorância, impaciência, truculência, etc., pelo fato deles não terem obedecido uma ordem verbal nossa.

Geovanne citou um exemplo: Após um dia cansativo de trabalho, ele estava no ônibus voltando para casa e aproveitou para dar um cochilo. Alguns policiais militares entraram no ônibus e ordenaram que todos descessem para que uma abordagem de praxe fosse executada. Como Geovanne é surdo, não percebeu nada do que estava acontecendo e continuou dormindo. Um policial o abordou com ignorância, bastante nervoso e bravo, segundo ele. Mesmo Geovanne indicando em LIBRAS que era surdo, o policial continuou bravo com ele e foi logo fazendo uma abordagem. Depois de concluída a abordagem, o policial foi embora e não sinalizou para Geovanne que a abordagem já havia terminado. Ele ficou na posição de abordagem por um longo tempo, haja vista que estava de costas para o PM e não viu quando o mesmo se afastou.

Para prestar um serviço satisfatório à sociedade, é importante que saibamos lidar com todas as pessoas que compõem a nossa comunidade. Entre elas estão as pessoas com deficiência.
Outra coisa que eles muito nos orientam é que muitas vezes os policiais olham para um cadeirante ou uma pessoa com outra deficiência qualquer e pensa que ele é um "coitadinho", demonstrando pena. Mas não podemos esquecer que as pessoas com deficiência são como quaisquer outras. Algumas são honestas, pessoas de bem e outras não. CUIDADO! DEVEMOS ABORDAR TODOS SEM DISTINÇÃO! Uma pessoa numa cadeira de rodas pode estar escondendo uma arma ou mesmo pode tomar a arma de um policial no momento da abordagem. Pensem nisso!!!

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

ATENÇÃO: Troca da Carteira de Livre Acesso pelo Cartão VEM

Repassando informação:

O Cartão Eletrônico VEM Livre Acesso garantirá o direito à gratuidade no sistema de transporte público da Região Metropolitana do Recife para pessoas com deficiência, em substituição à carteira de Livre Acesso.

A troca da carteira de Livre Acesso pelo Cartão VEM Livre Acesso deve ser agendada por uma das três formas abaixo:

  • Gerência Comercial do GRCT – Rua Carlos Porto Carreiro 98, Derby.
  • Expresso Cidadão do Cordeiro - Parque de Exposição do Cordeiro, Av. Caxangá 2200.
  • Por telefone através do número (81) 3125.7585

Importante: é obrigatório a todos a apresentação do CPF do titular e devolução da Carteira de Livre Acesso para retirada do Cartão VEM.

Após o agendamento, o beneficiário deverá comparecer pessoalmente, no dia e hora agendada, ao Posto de Atendimento do VEM, situado à Rua da Soledade, 259 - Boa Vista, portando obrigatoriamente:

  • Número do Protocolo de Agendamento
  • Carteira de Livre Acesso (Caso o usuário tenha perdido a Carteira de Livre Acesso, é necessário que ele retire a segunda via no endereço: Rua Joaquim Felipe, nº 73, Boa Vista - Recife/PE.)
  • CPF (crianças também serão obrigadas a possuir o seu próprio CPF e apresentá-lo.)
  • RG (crianças que não possuam RG devem levar a Certidão de Nascimento.)





O USO INDEVIDO DO CARTÃO DE LIVRE ACESSO É CRIME SUJEITO ÀS PENAS PREVISTAS EM LEI.
Em caso de informações, sugestões ou reclamações sobre o STPP/RMR, ligar para 0800 081 0158 - Central de Atendimento ao Cliente do Grande Recife Consórcio de Transporte. A partir de 01/01/2014 só será concedida a gratuidade aos portadores do Cartão VEM Livre Acesso.

sábado, 13 de julho de 2013

Fenearte promove acessibilidade

A 14ª edição da maior feira de artesanato da América Latina, pela terceira vez, promove acessibilidade.
Entre os dias 08 e 10 de julho pessoas com deficiência auditiva e visual puderam fazer visitas guiadas por profissionais habilitados em LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) e audiodescrição, possibilitando a participação efetiva de pessoas surdas e cegas no evento.
Tal trabalho de inclusão só foi possível devido à parceria entre a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSDH), por meio da Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência (SEAD) e a organização da supracitada feira.
O corpo operacional da feira e os expositores passaram por uma capacitação em Direitos Humanos com vistas as promover um atendimento adequado a todos os visitantes do evento.

Confira a matéria no Site da XIV Fenearte:
http://www.fenearte.pe.gov.br/2013/07/acessibilidade-feira-promove/

Foto extraída do Site da XIV Fenearte



sábado, 11 de maio de 2013

Policiais Militares participam de Curso de Iniciação ao Sistema Braille



Um grupo de policiais militares e um convidado da Guarda Municipal de Recife participaram essa semana, nos dias 08, 09 e 10 de maio de 2013, do Curso de Iniciação ao Sistema Braille. O curso só aconteceu por conta da parceria entre a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS/PE) e a Biblioteca Pública da Cidade do Recife, a qual realiza diversas atividades voltadas às pessoas com deficiência.

Entre as palestras proferidas podemos ressaltar a do Sr. Geraldo, Coordenador do CAP, que falou sobre a contribuição do Sistema Braille como instrumento de construção cultural da Sociedade Humana, a demonstração de como acontecem as oficinas de contação de história com a Professora e Escritora Lúcia Carvalho, com a intérprete de LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) Rafaela nós aprendemos um pouco sobre a audiodescrição, importantíssima para que os cegos possam entender o que os não cegos conseguem ver através da imagem fotográfica e de vídeo. Tivemos ainda uma demonstração sobre a utilização do sorobã, que é um sistema japonês para realizar cálculos sem necessitar escrever, assistimos a uma palestra bastante esclarecedora com o Sr. Milton Carvalho, agente administrativo da Universidade Católica, que nos apresentou o cão guia (ver postagem seguinte) e ainda aprendemos como escrever e ler o Sistema Braille, com a Professora Betânia.
Participou ainda do curso o policial militar reformado Waldemar Coelho Neto, que é presidente da Associação dos agentes de segurança pública com deficiência.

Confira algumas fotos do curso:
Rafaela / Audiodescrição



Betânia / Sistema Braille

Milton / Cão guia

Geraldo / Contribuição histórica do Sistema Braille
 Acessibilidade é de suma importância para a garantia de direitos. Sem acessibilidade não há isonomia, não há igualdade. Policiais Militares devem entender questões próprias das pessoas com deficiência para poder lidar com elas e ajudá-las quando for preciso.
Foi um excelente curso e que venham outros mais!
Parabéns a todos os professores (as), palestrantes, alunos (as) e organizadores (as).

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Cão Guia: você sabia?


Milton e Shiiva (cão guia)
 Algumas pessoas com deficiência visual podem se valer de um recurso para se locomover com autonomia pelas ruas da cidade, esse recurso é o Cão Guia.
Os cães guia passam por um demorado e seletivo treinamento para poderem ser responsáveis pela condução do cego/a (privado/a de vista, segundo o Dicionário Aurélio, 1993) e de acordo com a Lei Federal nº 11.126, de 27 de Junho de 2005, que "dispõe sobre o direito da pessoa com deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhado de cão guia":

É assegurado à pessoa com deficiência visual usuária de cão guia o direito de ingressar e permanecer com o animal nos veículos e nos estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo. Taxistas, seguranças, etc., não neguem o direito a quem o detém.
O cão guia poderá viajar com seu usuário (pessoa com deficiência visual)  em quaisquer modalidades de transporte interestadual e internacional com origem no território brasileiro.

Essa lei foi regulamentada pelo Decreto Federal nº 5.904, de 21 de setembro de 2006 que pune quem descumprir a norma:


"Art. 6o  O descumprimento do disposto no art. 1o sujeitará o infrator às seguintes sanções, sem prejuízo das sanções penais, cíveis e administrativas cabíveis:
I - no caso de impedir ou dificultar o ingresso e a permanência do usuário com o cão-guia nos locais definidos no caput do art. 1o ou de condicionar tal acesso à separação da dupla:
Sanção - multa no valor mínimo de R$ 1.000,00 (mil reais) e máximo de R$ 30.000,00 (trinta mil reais);
II - no caso de impedir ou dificultar o ingresso e a permanência do treinador, instrutor ou acompanhantes habilitados do cão em fase de socialização ou de treinamento nos locais definidos no caput do art. 1o ou de se condicionar tal acesso à separação do cão:
Sanção - multa no valor mínimo de R$ 1.000,00 (mil reais) e máximo de R$ 30.000,00 (trinta mil reais); e
III - no caso de reincidência:
Sanção - interdição, pelo período de trinta dias, e multa no valor mínimo de R$ 1.000,00 (mil reais) e máximo de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais)."

O decreto estabelece ainda que o ingresso e a permanência de cão em fase de socialização ou treinamento nos locais permitidos somente poderá ocorrer quando em companhia de seu treinador, instrutor ou acompanhantes habilitados, para tanto é necessário que a pessoa com deficiência porte a devida identificação do animal e dele mesmo como concessionário (usuário).

Informações coletadas hoje durante a palestra do Sr. Milton Carvalho, cujo teor é de grande importância para o Curso de Iniciação ao Sistema Braille que está sendo realizado no Auditório da Secretaria de Defesa Social (SDS).

Parabéns SDS e todos os seus integrantes que estão diretamente envolvidos com a organização desse curso, como a Cabo PM Lucina Marma e a Soldado PM Eleta.
ACESSIBILIDADE, incentivamos aqui.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Central de Intermediação surdo-ouvinte


Vc conhece o TDD?? O Telecommunication Device for the Deaf ou Dispositivo de Telecomunicação para Surdos é um aparelho de telefonia fixa, com teclado e visor. A mensagem digitada aparece numa tela, possibilitando a comunicação escrita. Em geral, o TDD é encontrado em locais públicos centrais, onde se concentram serviços públicos, embora também seja de uso residencial.


Utilidade pública!
O TDD também funciona por meio de uma central de intermediação surdo-ouvinte, na qual um atendente intermedeia ligações entre um surdo usando o TDD e um ouvinte que não possui o aparelho.
Surdos discam: 0800517801
Ouvintes discam: 0800 5178
Número único: 1402


Acessibilidade, a gente vê por aqui!